Sou apaixonada por poesia desde que me (re)conheço. Apenas a lia e dizia, até que numa determinada fase da minha vida me atrevi a rabiscar alguns poemas.
Este foi o primeiro de todos.
Um dia, um Amigo leu-o e gostou. Resolveu publicá-lo no seu blog. Aceitei.
Hoje volto a publicá-lo, como uma espécie de rewind daqueles tempos.
Um beijo para ti. Obrigada pela motivação!
O Decreto da Palavra
A palavra que se pede
A palavra inquieta, atrevida
A palavra escandalosa, que ri com ironia
A palavra que incomoda
A palavra final, que decreta
A palavra invejosa, que conspira
A palavra incerta, que vagueia nos nossos pensamentos
A palavra que paira no ar, sem rumo
A palavra proibida, encarcerada nos muros de uma ditadura escabrosa
A palavra que aponta, que recrimina, que incomoda e que fere
A palavra vaidosa que se pavoneia
A palavra revoltada, abrupta e inconsequente
A palavra apática, monótona
A palavra que ferve, que marina em poções de sarcasmos e despudor
A palavra velha, demodée, repetida, que satura
A palavra embaixadora da verdade
A palavra que nunca o foi
A palavra que eu sinto, que eu vejo, que eu quero, mas que guardo
Fevereiro de 2006
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