sexta-feira, 27 de junho de 2008

Alegria

É no contraste entre a sombra e a luz
que encontramos a beleza, a poesia…
A beleza está em todas as pequenas coisas
a beleza e a poesia vivem de mãos dadas
sem elas não percorremos utilmente o mundo
e se elas não andarem já connosco
nunca as encontraremos
Ter saudades do passado é correr atrás do vento.
(Provérbio russo)

sexta-feira, 20 de junho de 2008


Último dia de aulas...

Para os meus tutorados, em especial, e para todos os meus alunos no geral,

boas férias e beijinho grande





quinta-feira, 19 de junho de 2008

Para o Gonçalo e para a Kika

Passávamos horas
Os três juntinhos
Eu lia-vos histórias
Dos meus livrinhos.

Às vezes ríamos
Outras nem por isso
Mas o que sentíamos
Acabava sempre em reboliço.

Eram momentos
Sempre deliciosos
Aqueles pelos quais nós os três
Esperávamos ansiosos.

Para ti Tokinha


Em mais esta etapa da tua vida, que o sol te ilumine!

É mais uma jornada que vais (ultra)passar!

Beijinhos

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Estojo de feltro


Estojo de feltro


Pulseiras de materias naturais
(bambu, conchas do mar e sementes)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Nostalgia

Viver sem sapiência
fazendo viagens mentais
sem guia, sem mapa
sem nada…
buscar incessantemente
um sentido para as coisas
um motivo para seguir
uma alma para amparar
viver sem escolhas
com portas já abertas
com mapas cujo fim já está delineado
viver procurando rumos
que teimam em se labirintizar
as crenças esvaem-se
num saudosismo apagado
são intempéries de pensamentos
que se definem: solidão
Já te devia esta...
Obrigada Vitinha! Sem a tua ajuda este espaço não teria nascido.

domingo, 15 de junho de 2008

Colar de pedras e feltro


Colar pedras verdes


Colar pedras lilases


Alfinetes em feltro

Tempo, um amigo

Há um tempo para tudo
um tempo para falar
para dizer
há um tempo para cair
outro para levantar
há um tempo para fugir
há um tempo para amar
um para sofrer
um para odiar
e há um tempo para mudar.
Sinto o tempo que passa
passou
o tempo contigo
o tempo que levou
memórias que não digo.


(Ups! Consegui rimar!)

O que vira em ti

Qual Arlequim com sua Columbina
qual Romeu com sua Julieta
qual amante com sua amada
lhe dera mais
do que outrora me deras...
o que vira em ti?

Perguntas que surgem

Faço as perguntas
incessantemente, teimam em surgir
entro num silêncio absoluto de mim
às vezes, consigo ouvir-me as respostas
às vezes, não consigo sequer ouvir-me ou sentir-me
a descrença, a desilusão
não reciclam seres humanos…

Sufoco, sufocas, sufocámos…

Havia
sem que soubéssemos
um lugar
um espaço que desconhecíamos
uma espécie de túnel de segredos
que se foram afunilando
como se nos asfixiassem
havia
sem que soubéssemos
uma espécie de sufoco
que sorveu tudo entre nós


Este poema tem já algum tempo. Não foi escrito hoje, mas ainda faz sentido...

Sempre que precisa (e precisa muitas vezes!!!!) a Tokinha "chateia-me" com pedidos de ajuda para os trabalhos dela. Ajudo-a sempre que posso. Por algumas vezes já utilizou poemas meus para os seus trabalhos. Este foi um deles. Adaptei-o de «O decreto da Palavra».

sábado, 14 de junho de 2008

Outros alfinetes em feltro


mais colares


Estes são exemplares de colares feitos de pedras pretas de diferentes formatos,misturadas com pedras de estrela transparentes.



Mais pulseiras


Pulseiras



Estas são duas pulseiras feitas de pedras do mar e de sementes.

Colar de pedras lilases



Alfinete - peixes

Tenho-me dedicado, há algum tempo atrás a um novo passatempo: artesanato.
Faço bijuterias e trabalhos em feltro.
Esta é uma das minhas criações em feltro .

Para ti Tokinha... Beijo grande

Ser enfermeiro

Ser enfermeiro é cuidar,
é dedicar a vida a acurar
a perceber, a minimizar o desalento.
É ser um instrumento da existência
que leva a brisa suave da cura.
É aquele que transporta uma carga de alento e felicidade
a ser entregue num porto sofrido.
É cuidar com as mãos, com o olhar,
com todos os cinco sentidos
fundidos num só.

Eu e a Poesia, a Poesia e eu...

Sou apaixonada por poesia desde que me (re)conheço. Apenas a lia e dizia, até que numa determinada fase da minha vida me atrevi a rabiscar alguns poemas.
Este foi o primeiro de todos.
Um dia, um Amigo leu-o e gostou. Resolveu publicá-lo no seu blog. Aceitei.
Hoje volto a publicá-lo, como uma espécie de rewind daqueles tempos.
Um beijo para ti. Obrigada pela motivação!


O Decreto da Palavra


A palavra que se pede
A palavra inquieta, atrevida
A palavra escandalosa, que ri com ironia
A palavra que incomoda
A palavra final, que decreta
A palavra invejosa, que conspira
A palavra incerta, que vagueia nos nossos pensamentos
A palavra que paira no ar, sem rumo
A palavra proibida, encarcerada nos muros de uma ditadura escabrosa
A palavra que aponta, que recrimina, que incomoda e que fere
A palavra vaidosa que se pavoneia
A palavra revoltada, abrupta e inconsequente
A palavra apática, monótona
A palavra que ferve, que marina em poções de sarcasmos e despudor
A palavra velha, demodée, repetida, que satura
A palavra embaixadora da verdade
A palavra que nunca o foi
A palavra que eu sinto, que eu vejo, que eu quero, mas que guardo


Fevereiro de 2006

Apenas um comentário, uma reflexão...

Não sei fazer as coisas pela metade...
Sou sempre eu. Mas com uma certeza: não serei a mesma para sempre!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

OS LIVROS

Os livros são para mim um bem precioso. São uma espécie de ser que trato com uma afeição maior do que alguns seres humanos merecem ser tratados.
Os livros são uma paixão na minha vida!

Deixo aqui esta citação de Nietzsche com a qual me identifico:
«Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno».

Outros pensamentos...

A Mentira
Porque é que, na maior parte das vezes, os homens na vida quotidiana dizem a verdade? Certamente, não porque um deus proibiu mentir. Mas sim, em primeiro lugar, porque é mais cómodo, pois a mentira exige invenção, dissimulação e memória. Por isso Swift diz: «Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem de inventar outras vinte».

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'

Pensamento de hoje...

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa

MizitArte

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Para começar, um poema daquele que é um dos meus poetas preferidos

Fernando Pessoa
Deixei atrás os erros do que fui
Deixei atrás os erros do que fui,
Deixei atrás os erros do que quis
E que não pude haver porque a hora flui
E ninguém é exacto nem feliz.

Tudo isso como o lixo da viagem
Deixei nas circunstâncias do caminho,
No episódio que fui e na paragem,
No desvio que foi cada vizinho.

Deixei tudo isso, como quem se tapa
Por viajar com uma capa sua,
E a certa altura se desfaz da capa
E atira com a capa para a rua.